Novo prefeito precisa olhar com atenção o jovem da favela

Jornal do BrasilMônica Francisco
cidade do Rio de Janeiro ainda está na disputa para saber quem será seu governante municipal. Os candidatos, como escrevi na coluna de quarta-feira (5), têm desafios imensos, inerentes a todo centro urbano do mundo, mas com uma peculiaridade, uma cidade onde uma parte considerável de sua população vive em favelas (mais de um milhão de pessoas, segundo o IBGE), e é lá também que de maneira ascendente para os próximos anos, reside a maioria dos jovens da cidade.
Ou seja, trocando em miúdos, uma população jovem, em ritmo crescente, segundo dados da pesquisa encomendada à Fundação Getúlio Vargas (FGV) pela Prefeitura do Rio de Janeiro e lançada no início deste ano em um painel intitulado "Rio 500", que vive em áreas vulnerabilizadas, exposta às violências e que sofre com a falta de oportunidades e tem dificuldade de acessar o mercado de trabalho, gerando uma também ascendente ausência de perspectivas.
Jovens que sofreram com os deslocamentos forçados ou remoções são impactados diretamente pela distância do local de moradia e das oportunidades, com um sistema de transporte escasso em muitas áreas, sem contar o custo deste transporte.
Os desafios nesta área para os candidatos demonstra que quem quer que seja o ganhador nesta disputa, deve ter a sensibilidade de tratar esse tema como fundamental para a saúde da cidade, pois muitos jovens são a esperança da melhoria de condições no sustent de suas famílias.
Muitos destes jovens são rechaçados do mercado de trabalho por conta da falta de experiência, baixa escolaridade, moradia distante dos postos de trabalho, entre outros fatores. É necessário que o novo prefeito tenha um plano bem consolidado para estimular empresas, gerar estímulo e fomento às alternativas econômicas, para que haja maior inserção deste e destas jovens e assim, garantir a sustentabilidade de muitas famílias.
Tarefa árdua, mas que desempenhará um papel fundamental não só no que se refere ao sustento das famílias, mas principalmente na própria sobrevivência destes e destas jovens
* Colunista, Consultora na ONG Asplande e Membro da Rede de Instituições do Borel

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