Trabalho e Dieese fortalece economia solidária no Brasil



Pesquisas, georreferenciamento e ações de capacitação são promovidas pelo Observatório Nacional da Economia Solidária e do Cooperativismo (Onesc)
A economia solidária, atividade em ascensão no país, contará com mais estímulos para seu fortalecimento. Até 2020, pesquisas e estudos sobre o setor serão publicados, além do desenvolvimento de ferramentas para georreferenciamento. Os resultados serão utilizados para a construção de políticas e ações em prol da atividade. A iniciativa é do Observatório Nacional da Economia Solidária e do Cooperativismo (Onesc), em parceria com o Ministério do Trabalho, e tem o objetivo de promover os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES).
Analista técnico de políticas sociais da Subsecretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho (Senaes), Robert Paula Gouveia explica que o Onesc existe como ferramenta de informações dos mais diversos tipos. “É uma fonte sobre o tema com abrangência territorial, subdividido por regiões, estados e municípios. É rico manancial de dados capaz de municiar os empreendimentos de economia solidária e seus representantes no momento, por exemplo, de um processo de tomada de decisões”, detalha.
Gouveia dá uma dica para os representantes de EES: “eles devem procurar o Onesc para saber mais sobre a temática ou para tirar dúvidas. Isso serve para aqueles que já conhecem o tema ou mesmo estão inseridos nele diretamente”. A sugestão do analista está atrelada às diversas ações que o observatório realiza, a exemplo de palestras e minicursos, como forma de treinamento, tanto para os representantes dos EES, como para os agentes públicos que trabalham com a temática.
Saiba mais sobre o Onesc – O Observatório nasceu de uma parceria entre a Senaes, o Ministério do Trabalho e o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas (Dieese). O projeto foi iniciado em 2015 e tem como objetivo dar mais visibilidade à economia solidária no país.
O escopo de trabalho do observatório é conhecer as características dos territórios onde a atividade está presente, apoiar os empreendimentos e ser uma ferramenta para gestores e para organizações coletivas na elaboração de planos, formulação de agendas, no desenvolvimento e monitoramento de políticas públicas para o setor.
O Onesc, além de contribuir de forma prática para os empreendimentos econômicos solidários, fortalece ferramentas relevantes do setor, como o Sistema de Informações da Economia Solidária (Sies) e o Cadastro Nacional de Empreendimentos Econômicos Solidários (Cadsol).
Como procurar o Onesc – Os interessados podem procurar o observatório por meio do Portal do Onesc, que reúne indicadores, estatísticas, mapas e perfil das organizações e empreendimentos da economia solidária no Brasil. Também é possível buscar informações sobre o associativismo popular, cooperativas da agricultura familiar e de catadores de materiais recicláveis no Brasil, regiões, estados e municípios. Além do portal, mais informações podem ser obtidas pelo (61) 2031-4020.
Números da Economia Solidária, segundo o Cadsol:
EES cadastrados: 20.452
EES enviados para análise: 4.140
EES em análise: 1.040
Por Ministério do Trabalho

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O que é a Economia Solidária?

DIEESE — publicado: 01/02/2016 16h00, última modificação: 01/02/2016 16h00.
A Economia Solidária é um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver. Enquanto na economia convencional existe a separação entre os donos do negócio e os empregados, na economia solidária os próprios trabalhadores também são donos. São eles quem tomam as decisões de como tocar o negócio, dividir o trabalho e repartir os resultados.
São milhares de iniciativas econômicas, no campo e na cidade, em que os trabalhadores estão organizados coletivamente: associações e grupos de produtores; cooperativas de agricultura familiar; cooperativas de coleta e reciclagem; empresas recuperadas assumidas pelos trabalhadores; redes de produção, comercialização e consumo; bancos comunitários; cooperativas de crédito; clubes de trocas; entre outras.
Alguns princípios são muito importantes para a economia solidária. São eles:
  1. Cooperação: ao invés de competir, todos devem trabalhar de forma colaborativa, buscando os interesses e objetivos em comum, a união dos esforços e capacidades, a propriedade coletiva e a partilha dos resultados;
  2. Autogestão: as decisões nos empreendimentos são tomadas de forma coletiva, privilegiando as contribuições do grupo ao invés de ficarem concentradas em um indivíduo. Todos devem ter voz e voto. Os apoios externos não devem substituir nem impedir o papel dos verdadeiros sujeitos da ação, aqueles que formam os empreendimentos;
  3. Ação Econômica: sem abrir mão dos outros princípios, a economia solidária é formada por iniciativas com motivação econômica, como a produção, a comercialização, a prestação de serviços, as trocas, o crédito e o consumo;
  4. Solidariedade: a preocupação com o outro está presente de várias formas na economia solidária, como na distribuição justa dos resultados alcançados, na preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos, nas relações com a comunidade, na atuação em movimentos sociais e populares, na busca de um meio ambiente saudável e de um desenvolvimento sustentável.

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